Sou a inquietude que não quer cessar, mas que também inunda as turbulências de calmaria nas horas atentas;
Sou o que busca as respostas ao “quem sou, de onde vim, para onde vou?”, mas que sabe não haver respostas no mar da filosofia infindável do homem;
Sou aquele que quando quer pode; quando não pode, tenta e quando não tenta morre.
Sou a definição daquilo que indefinido é.
Entender-me? Como? Nem eu tenho esse propósito...
Quero ser agora o que já fui ontem de forma totalmente diferente. E pretendo ser amanhã o que sou agora, só que em nova forma. Como não sou pedra, dou-me o direito de fazer outra vez do mesmo jeito com outros elementos em busca de resultados diferentes daqueles que eu queria igual. A única certeza que trago comigo é a de que morrerei. Mas, e se eu não morrer, que certeza me restará? Hoje, amanhã, daqui a muitos anos... Realmente não sei. Enquanto isso vou vivendo. Sendo eu, ou sendo o outro. Sempre o mesmo espírito em roupas diferentes, com gente diferente ou com as mesmas, em lugares, situações e olhares que jamais voltarão a igualar-se... E, assim, segue a vida: jamais tente saber ‘quem sou eu’. Mas, sim, ‘como estou’. Prazer! Meu nome é Nilton.